RUBIACEAE

Palicourea fulgens (Müll.Arg.) Standl.

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Palicourea fulgens (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

14.212,877 Km2

AOO:

72,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie ocorre nos Estados da Bahia e Espírito Santo (Zappi, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(ii,iii)+2ab(ii,iii)
Categoria: VU
Justificativa:

Espécie arbustiva a arbórea (até 4 m de altura) da Floresta Pluvial Atlântica de terras baixas. Apresenta distribuição geográfica restrita, com EOO de 12.113 km² e AOO de 76 km². Está sujeita a 10 situações de ameaça: Prado e Porto Seguro (BA), Conceição da Barra, Colatina, Domingos Martins, Governador Lindemberg, Linhares, Pedro Canário, Santa Leopoldina e Santa Teresa (ES). É ameaçada pela perda de AOO e da qualidade do habitat, em consequência da incessante conversão das terras baixas em infraestrutura urbana e turística. Observa-se um declínio na frequência de coletas da espécie.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Publ. Field Columb. Mus., Bot. Ser. 8: 380. 1931.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Provavelmente polinizada por beija-flor (Taylor, 1997). Ocorre em floresta ombrófila densa (Zappi et al., 2009).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.3.2 Large-scale very high
Osúltimos remanescentes florestais do Sul da Bahia estão fortemente ameaçados,mesmo com a duplicação das áreas públicas protegidas, e a criação de ReservasParticulares do Patrimônio Natural. A principal razão da ameaça é a grave criseda cultura do cacau, fortemente associada às últimas florestas restantes. Apartir de 1988 a região tem se transformado de uma economia exclusivamentecacaueira para uma economia diversificada, principalmente com atividadesfortemente impactantes: pecuária extensiva, café, pupunha e exploraçãomadeireira (Araujo et al., 1998).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture very high
Ouso do solo do estado do Espírito Santo está distribuído basicamente em:lavouras (permanente, temporária e temporária em descanso), pastagens (naturale plantada), florestas naturais, florestas plantadas e terras produtivas nãoutilizadas, que totalizam 3.339.022 há, ou seja, 73,23% da extensão territorialdo estado (IBGE 1998). As pastagens cobrem 1.821.069 há, constituindo o usopredominante do território capixaba. Sua maior concentração é na mesorregiãoLitoral Norte Espírito-Santense (IBGE 2002), totalizando 618.070 há. Dentre os13 municípios integrantes dessa mesorregião, o município de Linhares concentra236.544 há (38,7% do total de pastagens da mesorregião) (de Paula, 2006).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Aespécie consta no anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de Setembro de2008 (MMA 2008) sendo considerada uma espécie com "Dados Deficientes" (DD) paraa avaliação de risco de extinção. Foi considerada "Em Perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela FundaçãoBiodiversitas (Biodiversitas 2005).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Espécie ocorre em unidades de conservação: Parque Nacional de Monte Pascoal, no estado da Bahia; Estação Biológica de Santa Lúcia e Reserva Florestal de Linhares, no Espírito Santo (CNCFlora, 2011).